segunda-feira, 9 de julho de 2007

Baú de recordações

Ontem foi dia de virar do avesso o meu baú de recordações. Papéis velhos, cartas, postais dos amigos, fotografias, pin's e mais uma quantidade de coisas que gosto de rever quando estou de neura.
Deixa -me mais calma. Enfim! São dias. Encontrei umas folhas de que já não me lembrava de ter escrito, deveria ter uns 17/18 anos.
18 anos. A idade de muitas ilusões ainda. Quando tudo nos parece perfeito, exequível, preto no branco ou colorido e não cinzento. A minha cidade não foi uma das vencedoras das 7 maravilhas de Portugal mas para mim continua a ser o meu cantinho preferido, por isso a minha homenagem à mui nobre e sempre leal cidade de Évora, com estas simples palavras que encontrei no meu baú de recordações.


Terra minha amada que resistes
nesta sina, neste fado descontente
contra dias escuros, ainda tristes
contra o medo sei que lutas ferozmente.


Cidade branca e luminosa, de cal caiada
ruas estreitas mas tão cheias de memória
em cada passo que dou na rua, pela calçada
sinto o cheiro da coragem através da história.



Os ventos sopram suavemente vindos de Sul
o sol queima durante o verão qual braseiro
olho para o alto, avisto o céu límpido e azul
sinto por ti um amor eterno e verdadeiro.

Sei que és forte e que nada te domina
cidade de gente simples e acolhedora
cada sorriso aberto, em cada esquina
é para mim uma força retemperadora

Terra minha amada que persistes
em sonhar, amar, ser independente
contra os dias escuros sei que resistes
e eu durmo no teu regaço... finalmente.

Um abraço

2 comentários:

Anónimo disse...

Como natural de Évora, acuso a leitura destas belas palavras. Muito bonito!! É uma cidade fascinante e que se descobre ao longo de uma vida. Ainda hoje, cada vez que passeio pelas suas ruas, descubro detalhes da sua beleza, da sua história e dos seu passado.

paginadora disse...

Olá amiga
É óbvio que somos ambas apaixonadas pela nossa cidade, aliás pelo nosso Alentejo inteiro.
Obrigada pelas tuas palavras e...
vemo-nos um destes dias junto às arcadas da nossa Praça ou numa das típicas ruelas do nosso burgo.Até lá...
1 abraço