domingo, 6 de janeiro de 2008

O amor chama-me de madrugada

Juan Emilio Checa



































O amor chama-me de madrugada e sonâmbula eu vou ao seu encontro. Visto-me de festa, calço-me de ilusão e sigo em frente, sem ver nada. Não quero conselhos nem palavras aprisionadas pela dor, só vou, limito-me a ir e pronto... teimosa. Levo flores no cabelo, sinto-me leve e em paz com o mundo inteiro.


Saltito pelas pedras do ribeiro quase seco, chego à margem gelada mas isso que importa se o amor me chama impetuoso e forte para os seus braços. Volto amanhã, depois ou em breve tanto faz.


Eu sei que ainda é cedo, desponta agora a madrugada mas o amor é meu e é urgente que vá. Assim despida de preconceitos e sem palavras amargas, eu chego ao meu porto de abrigo ainda airosa, sem a semente da desilusão a corroer-me os sentidos. Sinto que em breve o amor será presente perante a minha face nesta corrida agora acabada.


Os seus traços serão evidentes em mim como se um espelho reflectisse a sua imagem. O sonho persiste em acompanhar os meus passos. O amor chamou-me e eu fui ao seu encontro de madrugada. Eu estou aqui e mesmo que o amor se atrase eu fico em paz.






















3 comentários:

Jorge P. Guedes disse...

E depois de ler esta viagem, deixo o meu abraço.

Em frente!

José Lopes disse...

O Amor e a entrega, sempre na busca da felicidade que é um dos objectivos que todos queremos atingir nesta curta vida neste mundo efémero.
Força, e um abraço do Zé

Anónimo disse...

Lindo o que acabei de ler!
Este tema do amor nunca se esgota. Apenas, na alma daqueles que não o querem ler, nem tão pouco acreditam que possa ao menos existir.
VIVA O AMOR!!
beijinhos
luana