sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Uma fábula... dos nossos tempos!

A TESE DO COELHO
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Estava um dia lindo e ensolarado quando um coelho saiu de sua toca com o seu notebook e pôs-se a trabalhar, muito concentrado. Pouco depois passou por ali uma raposa e ao ver aquele suculento coelhinho, tão distraído, começou a salivar. No entanto, ficou intrigada com a atividade do coelho e aproximou-se dele, curiosa:
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- Coelhinho, o que estás a fazer aí, tão concentrado?
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- Estou a redigir a minha tese de doutoramento - disse o coelho, sem tirar os olhos do trabalho.
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- Hummmm... e qual é o tema da sua tese?
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- Ah, é uma teoria provando que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das raposas.
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A raposa ficou indignada:
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- Ora!!! Isso é ridículo!!! Nós é que somos os predadores dos coelhos!
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- Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro-lhe a minha prova experimental.
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O coelho e a raposa entraram na toca. Poucos instantes depois ouvem-se alguns ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois... silêncio.
Em seguida, o coelho volta, sozinho, e mais uma vez retoma o seu trabalhos de tese, como se nada tivesse acontecido.
Meia hora depois passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho, tão distraído agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido. No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhando com toda aquela concentração. O lobo resolve então saber do que se trata aquilo tudo, antes de devorar o coelhinho:
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- Olá, jovem coelhinho! O que o faz trabalhar tão arduamente?
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- É a minha tese de doutoramento, lobo. É sobre uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os grandes predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive dos lobos.
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O lobo não se conteve e dá uma risada com a petulância do coelho.
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- Ah, ah, ah, ah!!! Coelhinho! Apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa...
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- Desculpe-me, mas se você quiser eu posso apresentar a minha prova experimental. Você gostaria de acompanhar-me à minha toca?
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O lobo não consegue acreditar na sua boa sorte.Ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois ouvem-se uivos desesperados, ruídos de mastigação e ... silêncio.
Mais uma vez o coelho retorna sozinho, impassível, e volta ao trabalho de redacção da sua tese, como se nada tivesse acontecido.
Dentro da toca do coelho vê-se uma enorme pilha de ossos ensangüentados e peles de diversas ex-raposas e, ao lado desta, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos. Ao centro das duas pilhas de ossos, um enorme leão, satisfeito, bem alimentado, a palitar os dentes.
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MORAL DA HISTÓRIA:
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1. Não importa quão absurdo é o tema da sua tese;
2. Não importa se você não tem o mínimo fundamento científico;
3. Não importa se as suas experiências nunca chegam a provar a sua teoria;
4. Não importa nem mesmo se as suas idéias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos...
5. O que importa mesmo é QUEM É O SEU PADRINHO!
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Isto aplica-se, infelizmente a todos os níveis da nossa vida actual, onde não vencem os melhores mas sim os mais astutos, desde que tenham as costas quentes porque, lá diz o velho ditado:
- Quem tem padrinhos não morre mouro.
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Um abraço

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

APELO

Hoje não vos trago aqui nem um poema nem uma imagem bonita mas sim um apelo que considero da máxima importância. Optei por postar aqui este mail, que recebi para que a sua divulgação seja o mais ampla possível. Peço-vos que se puderem o divulguem e que assinem a petição abaixo. Obrigada!
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Mensagem do Dr. Daniel Pereira da Silva director do serviço de Ginecologia do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra...

Caros Amigos e Amigas
Preciso da vossa ajuda.
Assinem a petição www.cervicalcancerpetition.eu para que o cancro do colo do útero venha a ser discutido no parlamento europeu, de modo a que os rastreios sejam uma realidade em todos os países, nomeadamente em Portugal, onde só existem na região centro.
Obrigado.

terça-feira, 26 de agosto de 2008


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CONTO ESTAR EM BREVE DE NOVO CONVOSCO!
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Um abraço

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Eis -me de volta à realidade

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Das minhas janelas para o mundo



Queridos amigos
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Estive por uns dias (poucos) afastada da nossa bloguelândia, no intuíto de retomar as páginas, com mais alento após estas minhas miniférias. Não cheguei a sair do país e nem sequer rumei este ano ao Algarve. Os tempos são de crise e a disposição também não esteve grande coisa. Tentei descansar o mais possível, ler bastante, sair com amigos, conviver mais com familiares, brincar com as crianças da família. Em suma: abstrair-me da realidade. Nem sequer aos amigos da blogosfera visitei ou respondi. Peço aqui e agora desculpas pelo facto.
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Agora eis-me de volta à realidade nua e crua e, após este curto interregno dou de caras com o mesmo país triste e apagado que, devido à crise nem o turismo conseguiu reanimar como deveria. Que remédio curará esta depressão, este cinzentismo acentuado que nos persegue? Ao país e ao mundo! Os focos de violência e de injustiça continuam a assombrar os nossos dias. Chegámos ao ponto de sentirmos medo do futuro. Por nós e pelos nossos filhos.
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Que monstro criámos à nossa volta ou que deixámos que criassem? Onde está a equidade, a justiça e a paz que era suposto que o "pensar global" nos trouxesse? Isto, claro para todos aqueles que, de entre nós acreditaram nesse conto de fadas.
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Dá nitidamente para ver que muitos sonhos que acalentámos foram ficando pelo caminho, por culpa daqueles que se apoderaram deles e os conspurcaram mas, também por nossa culpa que, pouco a pouco fomos deixando que tal acontecesse. Resta-nos a firmeza dos nossos ideais e a aposta de que ainda não é tarde de mais para atingirmos os nossos objectivos. A finalidade de tudo isso? A construção de um mundo melhor, mais são e mais limpo. Deliro? Chamam-me louca? E eu ralada!
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Um abraço bem paginado.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008



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O cansaço tolda-me os sentidos e os braços inertes perdem a força, necessária para a luta. Mas é só hoje, apenas hoje. Amanhã estarei novamente de pé, erguerei corajosamente o punho e lutarei contra todos os fantasmas, reais e imaginários que teimam em me cercear os movimentos. Serei forte, serei livre, desatarei todos os nós que me prendem os movimentos, todas as mordaças que me querem asfixiar.

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Amanhã! Sim, amanhã serei novamente eu. Hoje enrolar-me-ei sobre mim mesma, sobre este meu corpo dorido. Ficarei quieta, como se nada existisse. Nem eu, nem o mundo . Poderei até chorar. Não são todos mas existem dias assim. Apenas me resta esperar que passem ...
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Um abraço