quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza

Eu, pessoalmente não gosto muito de dias internacionais disto ou daquilo.
Acho que o dia das crianças, das mães, das mulheres, dos pais e por aí fora são ou, pelo menos deveriam ser todos os dias.
Sobre o dia internacional para a erradicação da pobreza penso que em pleno século XXI a comunidade internacional há muito tempo o deveria ter banido do calendário, isto porque a pobreza já não teria sequer razão de existir se não fosse a maldade, a corrupção e a ganância dos homens.
Mas, infelizmente a pobreza existe. Magoa e aperta os nossos corações. A pobreza vive paredes meias connosco, anda ao nosso lado, na rua, no metro, junto a uma paragem de autocarro... de mão estendida e olhar triste à porta do supermercado.
Constantemente os nossos olhos recaiem sobre ela e sentimos pena, dor, solidariedade, revolta e pensamos que é uma tremenda injustiça. Interrogamo-nos sobre o que poderemos fazer, sem ser entrar na fantochada da caridadezinha e chegamos à conclusão que podemos fazer pouco, muito pouco. Será ?
Outros passam, olham e nem sequer se importam. Eu importo-me! Só em Portugal cerca de 5% dos portugueses vivem no limiar da pobreza, por isso faço um apelo aos governantes deste país. Não esbanjem o dinheiro dos contribuintes em projectos megalómanos e pouco prioritários.
Portugal vai começar a receber dos fundos comunitários cerca de 10 MILHÕES DE EUROS POR DIA. Que ele seja canalizado para o que realmente importa, a luta contra a pobreza, contra a doença, contra o desemprego. Contra a pobreza extrema de tantos e tantos portugueses, jovens e idosos, que se sentem abandonados e a viver na marginalidade, na solidão e na miséria. Apelo a que os governantes deste país não os esqueçam.
O país e os portugueses assim o exigem!!!
















A TERRA É DE TODOS!























3 comentários:

Jorge P. Guedes disse...

Ainda bem que aqui vim e pude ler um texto consciente e equilibrado, sem cair em tentações de revolucionarites bacocas e desbocadas, nem fazer aproveitamento próprio de um dia que foi fixado no calendário, como se pobres só existissem uma vez por ano.
A solidariedade não se exibe em blogues ou em acções de rua desconchavadas e desarticuladas.
É na prática do dia-a-dia.

Parabéns pelo texto de que muito gostei.

Um abraço.

Espectadora Atenta disse...

Parabéns pelo excelente Post!
A terra é de todos, é verdade... e a pobreza infelizmente, vive-se todos os dias... Mas neste pais finge-se que não há pobres e brinca-se às politicas sociais...
Um grande abraço,

Meg disse...

Cara amiga, o que sinto é o que o J.G. já disse e de uma forma bem mais assertiva que eu. Como comentei no Sino, continuo a afirmar que a pobreza está ao nosso lado no dia a dia. E que a solidariedade tem de ser exercida aí mesmo, sem fanfarras, sem ostentação.
Um muito obrigada.
Beijinhos e bom fim de semana