Quando eu nasci
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias
nem o sol escureceu,
nem houve estrelas a mais...
somente,
esquecida das dores
a minha mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
Para que o dia fosse enorme
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos da minha mãe.
( Sebastião da Gama)
6 comentários:
Amiga Paginadora.
Vejo que hoje é para ti o verdadeiro Dia da Mãe!
És uma felizarda e que o sejas ainda por muito tempo.
Já viste como estou de tempo?
Mas vou dar-te notícias, logo que tenha uma aberta...
E obrigada pela visitas, mesmo não sendo retribuidas aqui em tempo útil.
Um beijo e bom fim de semana.
Que poema tão bonito...
Não sei dizer mais nada...está tudo lá, nas palavras de Sebastião da Gama.
Parabéns! que o teu aniversário seja passado com muita alegria e, com saúde.
Beijos
Obrigada Meg.
Espero que a minha mãe fique comigo ainda por muitos anos.
A minha mãe tem sido para mim um dos pilares essenciais quando eu estou menos bem.
A força e a coragem que emanam dela dão-me mais alento para resistir perante os dias mais cinzentos.
Um bom fim de semana para ti e
um beijinho.
Carminda
As palavras mais singelas de Sebastião da Gama têm o dom de me desarmar pela ternura que delas transparece.
Em minha opinião é também mais um dos nossos poetas pouco conhecido e divulgado perante os mais jovens.
Obrigada. Desejo que passes um bom fim de semana!
Um beijo
Uma mãe faz sempre falta a todos nós, e apesar dos meus 33 anos, a minah ainda é relativamente nova, felizmente. :)
Sebastião da Gama é um poeta e um pedagogo que muito aprecio. Sempre me deixei nortear por regras pedagógicas que dele emanaram. O que ele queria, dizia, era que os alunos fossem felizes.
Quanto à sua poesia ( " pelo sonho é que vamos") é indispensável conhecê-la.
O poema que escolheste é além do que citei anteriormente, um dos mais bonitos mas toda a sua obra, simples, de leitura acessível é lindíssima.
Beijinhos
Enviar um comentário